segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ponto de Vista

! DEUS !
! TUPÃ !
! ALLÁ !

Compulsivamente
Ele ejaculou sem preservativos
Uma bênção:

Devem os Homens despirem sua consciência
Fazê-la inerte
Adormecer na lama
Para no final dos tempos
Ressurgir menos vil.

! Sentiram-se grávidos os Homens !

Uns pariram, aceitaram o feto.
Outros abortaram, dizendo ser coisa do diabo.

? Como saber a verdade ?
? Jesus ou falso profeta ?
? Quem é quem
E o que é o quê no Livro ?

? Fé que se sente
Ou que se compra como mercadoria ?
? Amor ao próximo
Desde que ele esteja longe?

! Tantas falas, profecias, línguas estranhas...
Poucas ações !

Tudo parece uma questão de ponto de vista
Ou apenas uma questão de vista...
! Sem ponto !

IMATURIDADE

Separam as vestes, os corpos...
Semblantes raivosos daqueles jovens
Trilhavam caminhos distintos e sós.

Nenhuma palavra pronunciada.
Cessaram os gritos
No ápice do ciúme doentio.

Cada qual com suas dores
Contabilizavam os erros
Pontuavam onde caberiam virgulas, interrogações
Decretarando o Fim antes do penúltimo capitulo.

O pensamento confuso, ferido
Distorcia o passado:
O prazer... tudo cena;
Planos... não passaram de rascunhos;
As juras... ilusões;
Dois... nunca passou de um!

O orgulho alimentava o silêncio.

Derrotados, perderam-se um do outro
E não se tem noticias...
Fica o poema (na intenção de romântico)
A espera de dias melhores.